Caso de feminicídio é reclassificado como acidente e suspeito pode responder em liberdade em MS

  • 12/11/2025
Letícia Ferreira Araújo, de 25 anos, morreu atropelada. Redes sociais A morte de Letícia Ferreira Araújo, de 25 anos, ocorrida em 9 de agosto, em Cassilândia (MS), teve um novo desdobramento nesta quarta-feira (12). O caso, inicialmente registrado como feminicídio, foi reclassificado pela Polícia Civil como homicídio culposo na direção de veículo automotor, ou seja, sem intenção de matar. O principal suspeito é o marido da vítima, Vitor Ananias de Jesus, também de 25 anos. Com a alteração, o número de feminicídios registrados em Mato Grosso do Sul passa de 36 para 35. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 MS no WhatsApp A mudança na tipificação pode reduzir a gravidade da acusação e a pena máxima aplicável, que passa de 40 anos de reclusão (prevista para o feminicídio) para três anos de detenção, no caso de homicídio culposo. Veja os vídeos que estão em alta no g1 A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) confirmou ao g1 a reclassificação do crime. Assim, o monitor que atualiza em tempo real os casos no estado registrou um feminicídio a menos, mantendo o mesmo número de ocorrências de 2024. “No mês de agosto de 2025, houve o registro, inicialmente, de um caso de feminicídio em Cassilândia-MS. Contudo, no decorrer das investigações, ficou comprovado que se tratava de um homicídio culposo na condução de veículo automotor. Por esse motivo, o fato foi alterado no sistema Sigo, modificando, portanto, a quantidade de feminicídios registrados em Mato Grosso do Sul", afirmou a Sejusp. O g1 tentou contato com o delegado Rodrigo de Freitas, titular da 1ª Delegacia de Polícia de Cassilândia, mas não obteve resposta até a publicação desta matéria. Diferença entre homicídio culposo e feminicídio De acordo com o Código Penal Brasileiro, o homicídio culposo ocorre quando não há intenção de matar e prevê pena de 1 a 3 anos de detenção. Já o feminicídio, caracterizado por violência doméstica ou discriminação de gênero, é considerado homicídio doloso e pode resultar em reclusão de 20 a 40 anos. A reclassificação, portanto, pode permitir que o acusado responda em liberdade ou cumpra pena em regime aberto. Entenda o caso Segundo informações da Polícia Civil na época do crime, testemunhas relataram que o casal discutiu momentos antes do atropelamento. Quando os policiais chegaram, encontraram Letícia morta ao lado do veículo, que havia colidido com o muro de uma casa. Durante as investigações preliminares, a polícia não identificou marcas de frenagem, o que sustentava a hipótese de que o atropelamento teria sido intencional. Vitor foi encontrado na casa do casal e preso em flagrante. Uma testemunha confirmou à polícia ter visto o momento em que o carro atingiu Letícia, com detalhes compatíveis com os danos no veículo. Conforme o boletim de ocorrência, por volta das 22h, Letícia ligou para a Polícia Militar relatando ter sido agredida pelo marido, mas a ligação caiu antes que pudesse dar mais informações. Cerca de 30 minutos depois, um morador telefonou à polícia informando que uma mulher havia sido atropelada pelo companheiro. À polícia, o suspeito afirmou que, após uma discussão, Letícia teria segurado o volante pelo lado de fora do carro, perdido o equilíbrio e caído. Um vizinho, no entanto, deu outra versão: disse que, após a discussão, Letícia correu e o marido acelerou o carro contra ela, só parando ao atingir o muro. A mãe do suspeito relatou que o casal discutia com frequência. A perícia descartou, à época, a hipótese de acidente. O laudo indicou ausência de frenagem e distância curta entre a garagem e o ponto do impacto, o que exigiria aceleração para causar lesão grave. O crime foi presenciado pelo filho do casal, de 6 anos. De acordo com a Polícia Civil, o casal já tinha um registro anterior de violência doméstica, datado de 2018. ⚠️Violência contra mulher é crime e pode ser denunciada de forma segura e sigilosa. Em casos de emergência, ligue imediatamente para 190. Para denúncias e orientações, o número 180 fica disponível 24 horas por dia. Também é possível denunciar via WhatsApp pelo número (61) 9610-0180 ou (67) 99180-0542. Veja vídeos de Mato Grosso do Sul:

FONTE: https://g1.globo.com/ms/mato-grosso-do-sul/noticia/2025/11/12/caso-de-feminicidio-e-reclassificado-como-acidente-e-suspeito-pode-responder-em-liberdade-em-ms.ghtml


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