DREX: Banco Central desiste da moeda digital brasileira, mas levará adiante infraestrutura
10/11/2025
(Foto: Reprodução) Moeda virtual vive momento de alta e empolga investidores
O chefe-adjunto do Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro do Banco Central, Breno Lobo, afirmou na semana passada que o autoridade monetária desistiu de ter uma moeda digital brasileira oficial.
Durante evento da Associação Brasileira de Direito e Economia (ABDE) sobre segurança digital, ele disse, porém, que o BC levará adiante a infraestrutura que permitirá os chamados contratos inteligentes no futuro.
"A gente deu um passo para trás. Não é uma CBDC, uma moeda digital do BC. É uma infraestrutura para permitir contratos inteligentes, para garantir a entrega contra pagamento. Mas tem que dar o passo inicial, a gente enxerga o DREX nessa função", afirmou Breno Lobo, do Banco Central.
▶️ Ao divulgar as diretrizes gerais de uma moeda digital para o Brasil, em 24 de maio de 2021, o site do BC se referiu ao Drex "como uma extensão da moeda física".
▶️Ao defender uma moeda digital oficial do Brasil no passado, o BC dizia que seu atrativo, frente aos criptoativos que circulam no mercado, seria a segurança das operações, uma vez que ela seria a extensão digital do real.
Na última semana, Breno Lobo, do BC, avaliou que "pouco importa" para a população se é uma moeda emitida pelo Banco Central, ou se é moeda de uma instituição financeira. Ele não explicou porquê o BC desistiu do DREX.
"Importante é ter uma infraestrutura que consegue registrar contratos inteligentes com liquidação vinculada, atrelada, ao alcance daquelas condições estabelecidas em contrato. DREX está indo nessa direção, que traz muito mais utilidade para a população brasileira", acrescentou ele.
Entre os exemplos de contratos inteligentes, está, por exemplo, um documento que permitirá a transferência de bens móveis (carros) ou imóveis (casa própria), em um ambiente digital, no mesmo momento que o pagamento é liquidado. Evitando assim que uma parte seja lesada.
Em outro caso, uma geladeira inteligente, por exemplo, poderá fazer pedidos de produtos em falta sem a intervenção humana, e utilizar uma carteira digital no pagamento. Com isso, não haveria necessidade de cadastro de um cartão de crédito ou débito, eliminando custos bancários.
Criptomoedas, bitcoin, criptoativos
Reprodução/TV Globo