Policial militar é investigado por depredar adega e agredir funcionário a pauladas em Jacareí, SP
04/12/2024
Segundo a Polícia Civil, o homem que aparece em um vídeo cometendo as agressões e depredando o local foi identificado e se trata de um policial militar. Segundo o boletim de ocorrência, o agressor é o PM Jorgio Baltazar de Jesus, de 45 anos.
Reprodução
O homem que invadiu uma adega com um pedaço de madeira, agrediu um funcionário e depredou o local nesta terça-feira (3), em Jacareí (SP), foi identificado pela Polícia Civil como sendo um policial militar. A identificação foi divulgada na tarde desta quarta-feira (4).
Segundo o boletim de ocorrência, o agressor é o PM Jorgio Baltazar de Jesus, de 45 anos. O caso aconteceu em uma adega que fica na rua Padre Antônio Vieira, no bairro Villa Branca.
"Se trata de um policial militar, nós só não sabemos a patente, a graduação dele, mas sabemos que é um policial militar", disse o delegado Pedro de Fátima Silva, que investiga o caso.
As agressões teriam sido motivadas por um suposto caso de assédio que o funcionário teria cometido contra o filho do policial.
"Ele chegou aqui na adega, perguntou meu nome, eu falei, isso ele já foi me agredindo falando que passei a mão no filho dele, isso eu não lembro, porque estava embriagado", disse Romualdo Ramos de Souto, funcionário da adega que sofreu as agressões.
Em entrevista para a TV Vanguarda, Romualdo admitiu que havia bebido na segunda-feira (2), data em que ele é acusado de ter assediado um rapaz numa padaria no mesmo bairro, e alegou que faz uso de medicamentos.
De acordo com o delegado responsável pela investigação, não há nenhuma queixa formal sobre o suposto caso de assédio que motivou as agressões. Por este motivo, também não se sabe a identidade, nem a idade da suposta vítima do assédio.
Polícia investiga agressão em adega em Jacareí
Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que Jorgio entrou na adega, às 17h15 da última terça-feira (3), com um pedaço de madeira na mão - veja o vídeo acima.
No vídeo, é possível ver que o homem foi em direção ao caixa e começou a agredir o funcionário. O vídeo também mostra o agressor destruindo uma estufa de salgados e objetos que estavam em cima do balcão.
Romualdo, o alvo das agressões, conta que, além das agressões, sofreu também ameaça de morte.
"Ele falou: ‘ó, vou deixar um aviso bem claro, hein, quando eu voltar aqui, não é para conversar, é para te matar. E pegar você, mandar lá pra Tremembé pros caras te zoar", afirmou.
O caso foi registrado como lesão corporal, dano e ameaça. Agora, a polícia aguarda a finalização dos laudos de prejuízos financeiros e lesões e ainda espera ouvir o policial acusado das agressões para encaminhar o caso para o Ministério Público de São Paulo.
O funcionário vítima das agressões e o dono da adega prestaram depoimento para a Polícia Civil nesta quarta-feira.
O que dizem os envolvidos
Por meio de nota, a Secretaria de Segurança Pública afirmou que "todas as circunstâncias do caso são investigadas pelas polícias Civil e Militar" e que "o policial envolvido na agressão estava de folga, mas já foi identificado e responderá na esfera administrativa, em uma apuração instaurada pela Corporação". As investigações prosseguem, por meio de inquérito policial instaurado pelo 1º DP de Jacareí.
A Rede Vanguarda entrou em contato com a Corregedoria e com a ouvidoria da Polícia Militar, mas não obteve retorno.
O g1 e a TV Vanguarda não conseguiram contato com a defesa do Polícia Militar acusado de cometer as agressões. A matéria será atualizada caso os advogados se manifestem.
Polícia de Jacareí investiga agressão em adega
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